31/05/2012

Plantão Médico

E põe plantão nisso!
Tanto tempo que até perdi a conta.

Começou pela manhã, lá pelas 9 horas.
Primeiro uma forte dor, depois os arrepios e calafrios. Quando dei por mim não me concentrava em mais nada.
Saída em disparada! Correria mesmo.

Sentia que o pior estava por vir. E assim foi o resto dia.

Uma dor que só me lembro de ter sentido quando me ataquei da apendicite. Bem parecido. Talvez a única diferença é que a dor da apendicite é uma dor aguda e num local só. A que senti ontem, doeu até minha consciência.

Apartir dali, tudo desandou (literalmente) e o meu dia de trabalho foi-se embora.

A coisa foi piorando e os calafrios, dores e cólicas aumentando. Nem no almoço eu fui.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10... Pedi para sair.

Pedi para uma colega me levar para aquele eu considerava ser o melhor lugar naquele momento (além da minha cama). Pedi que me levasse ao Hospital Mãe de Deus. Começava meu segundo pesadelo.

Ela até comentou de irmos para o Hospital Moinhos de Vento por ser mais rápido, mas mesmo assim, dei um voto de confiança ao Mãe de Deus.

A experiência serviu de lição. Nunca mais!

Entrei no hospital praticamente 15h. Sai de lá praticamente 22h.


Exatamente, 7 horas!

Já não havia mais o que fazer naquela altura do campeonato.
Só de banheiro, entre idas e vindas, foram 5 vezes.

O critério deles era a criticidade do caso.
Até a segunda hora de espera, eu estava entendendo. Depois disso, não estava mais.
Meu caso poderia não ser tão urgente assim quanto os outros, mas uma vez que você dá entrada num hospital reclamando de diarréias, enjôos, náuses, dores por todo o corpo e idas constantes ao banheiro para fazer não sei mais o que (tudo que estava dentro de mim, havia acabado), e a solução era óbvia (um soro + buscopan), porque não atender e despachar logo?

Estava quase surtando na recepção do Hospital Mãe de Deus!

Não sabia se ia ao banheiro, se ficava em pé, sentada, se tremia de frio, de nervosa?!?

Até que o Marido chegou...

E dai baixou o Panda nele!



Queria fazer um tumulto já e eu ainda assim tinhe fé (fé demais) que logo logo me chamariam.

Enfim, me chamaram e o que era esperado aconteceu. Uma pequena avaliação com o médico, hemograma e soro. Simples assim. Não vou nem falar dos 4 furos que fizeram nos braços tentando achar minha veia. Isso fica para outro momento.

Ai fica a minha dúvida. Um hospital que se diz referência (eu ouvi um enfermeiro falando isso enquanto estava no soro) será que não se dá conta dos tipos de pacientes que atendem?
O tempo que fiquei lá poderia ter tomado uns 10 litros de soro tranquilamente, sem interferir no atendimento de ninguém. Tanto é que depois que me atenderam e iniciou o soro, não me deram mais atenção, não que fosse necessário,  mas era algo que não tomaria o tempo deles por completo ao ponto de deixar de atender outras pessoas.

Acho bacana a idéia de "atendimento prioritário por criticidade". Mas faltou bom senso nesta hora.

Como disse o Marido ontem a noite "serviu de lição".

Um comentário:

Sem Noção disse...

A Parte da recepção fiquei tranquilo, não faria tanta algazarra. Mas depois que vi um Hospital referência mutilar o braço de uma paciente... ali sim estava prestes a fazer uma.

Não quero nem comentar. Acredito que no Lixo do Vila Nova, lixo por ser longe, puro pré-conceito, teu atendimento teria sido BEM mais rápido.

Teu plano atende Moinhos?
Acredito que posto da Restinga do Moinhos tenha mais qualidade que o Mãe de deus. Sem contar as reclamações que estuto por trabalhar perto do Mãe de Deus Care da Carlos Gomes.

 
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