21/10/2012

1998 (8)

Depois desta mensagem, coração a mil e uma vontade louca, não de ligar para ele, mas de ir embora para casa.

E nesta hora tudo conspira, o pessoal empolgado conversando, eu não podia pedir para ir embora ou alguém me dar uma carona. Mas o Cara lá de cima resolveu me ajudar e uns colegas que moravam no mesmo condomínio onde eu morava, resolveu vir embora.
"Fabi, quer carona? Sim quero".

Nunca demorei tanto para chegar em casa, mesmo de carro.

Mas finalmente cheguei.

E mal dei boa noite para os que estavam em casa e perguntei "tá, e ai?" e a minha mãe começou a contar toda a história.

Diz que ele chegou por volta das 19h, transpirando horrores, pediu um copo de água bem gelado e despejou tudo emcima da minha mãe.

Que havia mudado, queria fazer tudo diferente, não errar mais e que a pessoa escolhida para recomeçar essa mudança toda, era eu!

Sim! Como manda a tradição, um pedido de namoro não para mim, mas para minha mãe, tipo licença para namorar. Ela falava isso tudo muito séria e eu mais séria ainda, queria detalhes, muitos detalhes, o que mais havia dito. Mas na verdade foi tudo bem rápido. Diz que ele não demorou muito. Foi exclusivamente para falar sobre isso com minha mãe.

Me lembro que nesta noite, depois fui conversar com minha irmã, ela choramingando me disse "esse homem te ama".

Até então não liguei para ele. Queria primeiro saber da minha mãe o que havia acontecido e tal.

Depois disso, como de costume, MSN.

E lá ele me comentou bem por cima o que tinha acontecido. Lembro que chamá-lo de louco por muitas vezes. Louco, louco, louco, louco. Tu é louco!

Mas apesar do medo e da surpresa, eu estava adorando tudo aqui. Nunca nenhum namoradinho foi em casa, pedir licença ou algo do tipo, conversar com pai e mãe, para namorar.

Estava tarde, precisávamos ir dormir, afinal, tínhamos trabalho no outro dia.

Combinamos de nos encontrar no dia seguinte na rodoviária para comprar as passagens para a praia, para o nosso feriado de 15 de Novembro de 2010.

No dia seguinte chovia muito, mas muito mesmo. Eu cheguei a pensar que ele não iria à rodoviária. Mas ele foi, com chuva, vento e tudo.

Compramos nossas passagens e fomos fazer um lanche.

Então, ai sim, foi o momento olho no olho, onde um segurou a mão do outro e eu, a primeira coisa que disse foi "tu é louco". Conversamos bastante, ele me contou a versão dele, com muito mais detalhes e depois reforçou o seu discurso (que ele diz até hoje) que ele teve seus erros no passado, mas agora quer corrigi-los, quer fazer tudo certinho e que queria fazer isso comigo. 

Lindo não?!?

(continua)

Um comentário:

Sem Noção disse...

Liiiindoooo!
Se eu tivesse um namorado queria que fosse assim.

 
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