17/06/2012
Era um sábado, 20 de novembro de 2010.

No meio da tarde um convite para irmos num samba de primeira, quase no pé do morro.
Era aniversário de um amigo meu e da minha irmã, o Zé. Ele tocava com o pessoal bacana no Partenon, no Bar do Ricardo.
Vamos? Vamos!
Fomos para o bar e não ficamos nem 1 hora no lugar. Estava quase no fim.

A noite estava linda, agradável, na temperatura ideal.
Voltar para a casa? Nem pensar. A noite estava só começando.
Então fomos para a Banda da Saldanha.
E lá estava melhor ainda.
Um bom samba e a noite estava só começando.

Ficamos lá um bom tempo.

Depois, minha irmã e meu cunhado foram para a sua casa e nós estávamos sem rumo. 
Resolvemos ir para o centro, mas mesmo assim, ganhamos a carona.
Chegando no centro, uma vontade louca de comer cachorro quente, mas naquela hora, o Rosário já estava mais do que fechado.

"Vamos para casa? Não, claro que não".

Entramos numa festa, ali na Rua dos Andradas mesmo, no 1780, na Associação do Centro Cultural de Arte.

Um povo meio estranho eu diria, não era uma festa, mas tudo bem.
O lugar estava bacana, a música também. E o melhor de tudo, tinha algo para comer, que era o nosso único objetivo.

Pedimos pastéis. Sentamos no bar mesmo, naqueles bancos altos, clássicos de bar. Ficamos por ali que era o melhor lugar da casa.

Percebemos aos poucos que a festa era meio "família". As mulheres (que eram muitas) pediam suas músicas ao DJ, dançavam na pista, quase que uma festa particular, parecia que todas se conheciam.

Aos poucos fomos nos dando por conta... estávamos numa festa de aniversário!

Sim, penetras!

Gostamos da idéia e o que era para ser só um pastel, foi até as 4h da manhã.

Cantamos parabéns, tiramos fotos com a aniversariante (me pergunto até hoje onde estas fotos foram parar) e até bolo comemos. Mas tudo isso sem sair do balcão.

Mas onde quero chegar com esta história?

Antes de percebermos que estávamos numa festa de aniversário, tocaram várias músicas, algumas até da nossa época de 98, mas tem uma, que ouvi neste final de semana, que eu me lembro como se fosse hoje.

Sentada na sua frente, com os braços abertos, em alto e bom tom, sem desafinar, foi praticamente uma declaração de amor (a primeira de muitas).

Estava feliz por estar com ele naquele momento!

Cantei para ele algo que dizia assim:

Quando fico em seus braços
Me faz bem o seu perfume
Sem você na minha vida
Quase morro de ciúme
De ciúme!...
Abra essa porta de uma vez
E traz prá mim felicidade
Joga prá fora
Do meu peito esta saudade
Abra essa porta de uma vez
Prá que lembrar
O que é passado
Quero você aqui prá sempre
Do meu lado...

Essa foi uma das pérolas que ouvimos naquela noite.
Lembro que até ABBA dançamos. Foi a única vez que saimos do balcão, fomos para a pista e voltamos.

Aquela noite foi especial! 
De verdade!

Terminou de modo surpreendente...

Finalmente fomos para casa, era praticamente do lado de onde estávamos.
Eram 4h da manhã.
Entramos no prédio, elevador, 2° andar, abrimos a grade da porta...mas a porta não conseguimos abrir.
Estava com o cadeado por dentro.

O que fizemos?

Esta história fica para outro dia.

Um comentário:

Sem Noção disse...

Lembro como se fosse ontem, mas a riqueza de detalhes não é tão grande assim. Desta vez não.

Não lembro dessa música, mas de todo o resto sim.

Que noite incrível!

 
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