26/07/2011

1998 (1)

Hoje começo a dividir com você a história que conta exatamente como tudo, mas tudo mesmo, como começou.

O ano era 1998, o mês, provavelmente Março, não tenho certeza, mas sei que era em tempo suficiente para iniciarmos todo um curso extensivo daqueles cursinhos pré-vestibulares tradicionais de Porto Alegre na época. Estudaríamos eu e minha irmã. Eu não me lembro bem como aconteceu, mas ouvi dizer que ela me alertou "cuidado com o pé dele". Ele se chamava Christian. Com tanto lugar para sentar, fui escolher justamente o lado dele, com o pé no meio do caminho e tudo mais. 

Logo mais foram chegando os demais colegas e aos poucos os grupinhos iam se formando. Alguns dias depois já estava tudo praticamente definido. Éramos 5 pessoas do nosso grupo que, ao contrário do que se dizia, que a turma do fundão era a pior, nós estávamos no meio da sala. Eu, minha irmã, Christian, Thiago e Gilceu. Com o tempo, nossa "afinidade" foi aumentando. Sempre ficávamos os 5 juntos. Era no início da aula, um aguardando pelo outro, reservando lugares e cadeiras na sala de aula. 

No intervalo não era diferente. Ou íamos para o McDonalds da Andradas esquina Dr Flores ou então no Fritz, que era na Dr Flores mesmo, em direção à Salgado Filho. Nosso tempo era curto, 15 minutos se não me engano. E nesses 15 minutos, fazíamos horrores. Se estava calor, o McDonalds era a nossa salvação. Se estava frio, o quentão da Salgado era o mais indicado para tal situação. 

E assim seguíamos o nosso "cursinho". 
Todas as noites era quase sempre a mesma coisa. Um papo aqui, uma piada ali, as vezes tirávamos alguém para Cristo. Coitado, alguém sempre era a vítima. Sempre achávamos algo para falar do outro...e falávamos muito!

No meio do caminho, começou uma outra turma onde o meu cunhado, namorado da minha irmã, também resolveu estudar. Consequência, perdemos 1 integrante. Agora éramos 4 somente. Mas isso não foi muito longe, pois o Gilceu, que era o mais dedicado de nós 4, resolveu estudar também, tanto que hoje, ele é o único, dos 5 da época que está formado e em Direito! Restaram só 3!

O bom mesmo era naquelas noite de calor, principalmente nas sextas! 
Ah, que saudade da sexta-feira! 
A nossa sexta-feira era muito boa. 
Tinha uma aula de Português com um professor (coitado) muito chato, que era tudo o que a gente precisava: um motivo para matar aula! Sim, matávamos aula, na sexta a noite! Algumas outras noites também, mas a sexta-feira era clássica.

A noite no centro de Porto Alegre era bem diferente de hoje em dia. Tem lugares que hoje nem existem mais. Ou fecharam, ou pegaram fogo, ou então viraram escolas profissionalizantes, que pena!
Quer saber onde íamos? No Thales, ah, o Thales! Na Dr Flores. Tocava de tudo, mas tudo mesmo. Rio Negro e Solimões, Zezé de Camargo e Luciano, Alphaville, Exaltasamba, Thalia! Sim, Thalia e sua Piel Morena! Clássico! Nossa, tocava muita coisa!

Mas não era só durante a semana que o “trio” se reunia. Nos finais de semana também. Sábados, domingos e feriados, porque não?
Eu morava longe do centro, nos altos da Protásio. O Tiago morava no Humaitá. O Christian morava no centro, aliás, do lado praticamente do nosso cursinho. Adivinha onde ficávamos quando não era no Thales!? Sim, na casa do Christian. Nos finais de semana os lugares mudavam. Cristóvão Colombo nas pizzarias, Iguatemi domingo a tarde, tomar chopp’s e comer pastel no Nanking. Até na Torre fomos, numa noite clássica onde só estávamos nós 2. Eu e o Christian e mais meia duzia de gatos pelo salão! Fora outros inferninhos que o Centro nos reservava na época, mas nem me lembro o nome. Mas os guris devem lembrar.
(Continua)

2 comentários:

Admin disse...

Nossa Fabi, em tempo de Adegas e Casa blanca vc lembrou de coisas que me lembrava, corujas, PeterPan, Degraus, Torre (uma cerveja quente e um salão pequeno no inicio da 24). Em 98 eu tinha 17 e nossa como era bom.
Ta show blog, congratulaciones, hehhe

Sem Noção disse...

Que tempo bom!
Os inferninhos eram espetaculares, pena que fecharam, se bem que hoje não tem como frenquentá-los.

O lance do pé é que eu estava com uma inflamação no dedão, devido uma unha encravada.

Foi assim que tudo começou.

 
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