09/08/2011

1998 (3)

Inclusive, ele me disse que um mandei uma tele-mensagem para ele! 
Sério! 
Eu juro que nem lembrava disso, mas ele lembra, inclusive da música “How Could An Angel Break My Heart”. Diz ele que ficou com cara de bobo depois de ouvir a mensagem. Pior de tudo foi pensar rápido e inventar uma desculpa para a namorada tipo “foi engano”. Ora bolas, quem recebe uma tele-mensagem mega romântica, com a musica da Toni Braxton, fica com cara de bobo, tudo isso por engano?!?

E assim foi o nosso ano de 1998. Aconteceu muita coisa nesse ano. Amigos, festa, diversão, muita cerveja, muita curtição...e no fim, um para cada lado. E eu, guardei tudo que tinha na minha mente e no meu coração, tudo numa caixinha! Talvez usaria de novo ou não! O que ficou, na época, foram as boas lembranças dos momentos que tivemos. Para os guris, foi curtição. Para mim, foi (se não) o meu primeiro amor! Christian. Não foi impossível porque tivemos algo sim. No olhar dele foi curtição mesmo (pegação).  No meu olhar, foi amor mesmo. Queria ser a namorada dele por um momento, por um minuto, por uma tarde, por um dia... Mas não podia!

Fizemos nossos vestibulares, cada uma para a sua faculdade. Eu tentei a UFRGS, mas rodei, normal. Eles se não me engano, foram logo para a Ulbra – Relações Públicas.

Algum tempinho depois estavámos os 3 trabalhando no mesmo bairro, Auxiliadora. Eram poucas quadras de diferença um do outro. Almoçavamos juntos alguns dias. Fim de tarde eles pegavam o ônibus para Canoas, ali na Anita Garibaldi quase esquina Silva Jardim. Estavam indo para a Ulbra. Nossos encontros e saídas diminuiram, mas não ao ponto de nos separarmos.

Até café no fim da tarde rolou. Ah, essa história do café é muito boa! 
Começou de uma forma triste, mas terminou bem! Minha avó tinha falecido na madrugada e eu bem louca liguei para o Christian e ele (com uma voz de sono, óbvio) me atendeu com aquele “alô” que só eu sei! Eu disse “Chris, a minha vó morreu”. Ele disse “é mesmo? Bah que pena”... e desligou! Me lembro que naquela mesma noite, depois dele desligar, eu, em casa sozinha, liguei para a Pop Rock (a rádio que nos acompanhava) e pedi para o Maurício Amaral tocar Metallica... que viagem!   

No dia seguinte, após o enterro, voltamos para casa e eu precisava comer algo, um café que fosse. Minha mãe pediu para ir no Zaffari da Anita (o Zaffari nos persegue desde então). Fui no mercado e o Padeiro disse que ia demorar uns 15 minutos para sair a proxima fornada. Pensei que se voltasse para casa, não sairia mais. Então, pensei novamente “vou no Chris”. Ele trabalhava na rua abaixo do Zaffari. 

Chegando lá, ele me atendeu na boa e fiquei esperando até às 18 horas para ele sair. Por fim, ele foi no Zaffari comigo e fiz minhas comprinhas. Paramos no meio de um corredor, um escorado em cada ponta do carrinho, falando sobre sei lá o que! Eis que surge minha mãe atrás de mim, tipo “te perdeu?”. Fiquei sem ação! Foi tragi-cômico! Então para descontrair, apresentei “mãe, esse é o Chris”. Contornei né... 

Ele para contornar também, resolveu carregar as sacolas até a minha casa, que eram 2 quadras acima do Zaffari da Anita. Lá, tomamos um café, nos 3. Eu, minha mãe e o Chris! Para mim era mais que um café! Era ele ali do meu lado, na minha casa, na minha cozinha, tomando o meu café!

Saudade deste tempo também.

O fato é que os anos passaram, cada um seguiu sua vida e não sei como, fiquei sabendo que ele foi morar em São Paulo e ainda por cima casado. Well.. Game Over!

Continuei minha vidinha pacata em Porto Alegre. Acho que depois que o Christian se foi para São Paulo, falei com  o Tiago mais 1 ou 2 vezes só, e este também se foi embora.
(continua)

Um comentário:

Sem Noção disse...

Que tempo bom!
O Zaffari foi e é incrível em nossas vidas, não o troco por nada.

Lembro bem desse dia. Eu trabalhava na Fabrício Pillar, por coincidência na mesma empresa que voltei a trabalhar hoje, só que em outro endereço.

Estou louco pra ler a continuação dessa história de amor.

 
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